Descubra os diferentes formatos de violão

Se você é um entusiasta do violão, sabe que a busca pelo instrumento perfeito é uma jornada fascinante. Uma das decisões mais importantes é a escolha entre as possibilidades de formatos de corpo do violão, pois isso pode impactar significativamente o som e a experiência de tocar.

Vamos explorar os diferentes formatos de violão e mergulhar na influência que cada um tem na sonoridade, além de destacar alguns artistas do pop rock internacional e MPB que os utilizam.

Formatos de violões com cordas de aço

Jumbo: O poder nas dimensões

Esse modelo, desenvolvido pela fabricante Gibson, possui corpo grande e profundo, porém acinturado, tendo o maior volume dentre todos os formatos proporcionando uma caixa de ressonância ampla. O Jumbo exibe graves profundos e projeção poderosa, tornando-se uma escolha excepcional para estilos que demandam volume, como o rock acústico. Sua imponência sonora o destaca em apresentações ao vivo.

O rei do rock, Elvis Presley, talvez seja o artista que mais represente esse formato de violão, e que elevou o Jumbo ao status de ícone.

Elvis Presley adotou um violão de formato jumbo.
Elvis Presley adotou um violão de formato jumbo.

Dreadnought: O gigante versátil

Corpo largo e profundo, porém com cintura bem mais sutil em comparação ao jumbo, e com uma parte superior mais estreita em relação à inferior. O Dreadnought, desenvolvido pela C. F. Martin ostenta uma projeção poderosa, acompanhada de graves profundos e agudos equilibrados. Sua presença tonal robusta a torna ideal para estilos que exigem potência, como o folk e o country.

Este formato ainda possui uma variação denominada Dreadnought Slope Shoulder (ombro inclinado), que mantem, paticamente o mesmo formato e volume do original. Porém apresenta as linhas da parte superior mais curvas o que motivou a denominação dessa variação.

Exemplos de artistas que optaram por esse modelo são Johnny Cash, cuja “Cash Cannon” ressoa com a riqueza da Dreadnought. Paul Simonn e Bob Dylan também favoreceram esse formato para suas expressões acústicas icônicas. Paul McCartney é um dos artistas que adotou o Dreadnought Slope Shoulder, inclusive, utilizando este instrumento na música Yesterday, conhecida por ser a mais regravada no mundo.

Johnny Cash adotou um violão de formato dreadnought.
Johnny Cash adotou um violão de formato dreadnought.
Paul McCartney adotou um violão de formato dreadnought slope shoulder.
Paul McCartney adotou um violão de formato dreadnought slope shoulder.

 

 

 

 

 

Grand Auditorium: A versatilidade em equilíbrio

Formato Característico: Corpo intermediário entre o Dreadnought e o Grand Concert, proporcionando uma combinação equilibrada.

O Grand Auditorium busca o equilíbrio perfeito entre graves e agudos, oferecendo versatilidade para explorar uma gama diversificada de estilos musicais. Sua sonoridade eclética a torna uma escolha predileta para músicos que transitam por diversos gêneros.

Um artista que adotou esse formato foi Jason Mraz, com sua abordagem acústica sofisticada.

Jason Marz um violão de formato grand auditorium.
Jason Marz um violão de formato grand auditorium.

Orchestra Model (OM): O equilíbrio perfeito

Também conhecido por Auditorium ou Triple 0 (000), talvez esse formato entregue o equilíbrio perfeito entre e projeção e conforto. Possui corpo médio a grande, com uma cintura mais estreita.

O OM oferece um equilíbrio excepcional entre graves e agudos, tornando-a versátil para diversos estilos musicais. Sua projeção equilibrada a torna uma escolha popular para músicos que buscam um som completo.

Dentre os artistas que escolheram esse modelo destacam-se John Mayer, conhecido por seu virtuosismo e uso da OM em performances ao vivo. Eric Clapton, que explorou a versatilidade da OM em diversas fases de sua carreira.

Eric Clapton um violão de formato OM.
Eric Clapton um violão de formato OM.

Parlor: O charme do tamanho compacto

Seu corpo, apesar de possuir proporções semelhantes ao OB, tem formato com menor volume, sendo mais delicado, com uma sonoridade íntima.

O Parlor (que também tem variações conhecidas como 00 e 0) proporciona tons suaves e adequados para estilos mais suaves, como o blues acústico. Sua sonoridade íntima e charmosa faz dele a escolha ideal para músicos que buscam uma experiência mais próxima e pessoal.

Talvez o artista pioneiro no uso desse formato tenha sido a lenda Robert Johnson, cujas gravações de blues foram imortalizadas pelo Parlor.

Robert Johnson um violão de formato parlor.
Robert Johnson um violão de formato parlor.

 

Formatos de violões com cordas de nylon

Violão Clássico: Elegância e equilíbrio sonoro

O violão clássico apresenta um corpo tradicionalmente menor, geralmente construído com madeiras nobres como jacarandá ou ébano. O tampo harmônico é muitas vezes feito de abeto ou cedro, contribuindo para um som equilibrado e ressonante.

Com sua estrutura mais leve e braço mais largo, o violão clássico oferece uma tocabilidade confortável, favorecendo técnicas específicas, como o fingerstyle. Este tipo de violão é conhecido por seu som suave e equilibrado, com ênfase nas frequências médias e agudas.

João Gilberto e Toquinho são exemplos de artistas que escolheram o violão clássico pela sua elegância sonora e resposta única, utilizando-o para criar as harmonias refinadas da MPB.

Toquinho um violão de formato clássico.
Toquinho um violão de formato clássico.

Violão de Sete Cordas: Explorando novas dimensões 

O violão de sete cordas segue o formato clássico, porém, apresenta uma configuração adicional de cordas graves, proporcionando uma extensão tonal significativa. O tampo e o corpo podem ser construídos com uma variedade de madeiras, oferecendo uma riqueza de opções.

Apesar da configuração adicional, o violão de sete cordas mantém uma tocabilidade confortável, permitindo aos músicos explorar uma vasta gama de registros. Com sua gama tonal expandida, esse violão oferece uma sonoridade profunda nas frequências graves, enriquecendo a interpretação musical como, por exemplo, o uso de baixarias e rítmos como o samba e o choro.

Yamandu Costa, um dos mestres do violão de sete cordas, exploram as nuances harmônicas deste instrumento, contribuindo para a riqueza musical brasileira.

Yamandu Costa um violão de formato clássico 7 cordas.
Yamandu Costa um violão de formato clássico 7 cordas.

Violão Flat: Conforto e versatilidade unificados

O violão flat possui um corpo mais fino, muitas vezes com cutaway, permitindo fácil acesso às notas mais altas. Sua estrutura delgada torna o violão flat extremamente confortável para tocar, especialmente durante longas sessões musicais.

Pode ser construído com diversas madeiras, incluindo mogno, ébano e abeto, proporcionando uma sonoridade única. Com resposta tonal rápida e equilibrada, o violão flat destaca-se pela clareza e articulação em uma variedade de estilos musicais.

Lenine e Fagner são alguns dos artistas que encontram no violão flat a combinação ideal de conforto e versatilidade, usando-o para criar melodias marcantes e inovadoras.

Fagner um violão de formato flat.
Fagner um violão de formato flat.

Violão Silent: Tecnologia e controle de volume com precisão

O violão silent integra tecnologia avançada, muitas vezes incorporando sistemas de captação interna e materiais isolantes para minimizar o som acústico. Projetado para controle preciso de volume, o violão silent é versátil, adaptando-se a diferentes estilos musicais.

Leve e bem mais compacto, o violão silent oferece uma tocabilidade confortável, especialmente para músicos que buscam praticar silenciosamente. 

Geraldo Azevedo, é um dos artistas que, ocasionalmente, recorre ao violão silent, explorando as possibilidades sonoras únicas proporcionadas por essa tecnologia em estúdio ou em performances específicas.

Geraldo Azevedo um violão de formato silent.
Geraldo Azevedo um violão de formato silent.

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