Entendendo o Campo Harmônico Maior

O campo harmônico é uma das bases da música e entender seus graus é essencial para quem quer se aprofundar na teoria musical. Os graus do campo harmônico são as notas que formam a escala e são a base para a construção dos acordes.

Para entender os graus do campo harmônico, é preciso compreender a escala musical. A escala é formada por sete notas, que são repetidas em oitavas diferentes. A partir da escala, é possível construir os acordes, que são formados por três ou mais notas tocadas simultaneamente. Os acordes são a base para a harmonia musical e são utilizados para criar diferentes sensações e atmosferas na música.

Escala de Dó Maior no braço do violão.

Neste artigo, será abordado o que são os graus do campo harmônico, como eles são formados e como podem ser utilizados para construir acordes e harmonias. Serão apresentados exemplos práticos e dicas para quem quer aprofundar seus conhecimentos na teoria musical.

 

Fundamentos do Campo Harmônico

O campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma determinada escala. Cada acorde é construído a partir de uma nota específica dessa escala.

Os acordes do campo harmônico são numerados de acordo com sua posição na escala. Essa numeração é importante porque ela ajuda a entender a relação entre os acordes e a escala. Além disso, cada grau também transmite uma diferente sensação sonora a qual ajuda a transmitir a mensagem da composição musical.

A seguir, são apresentadas a ordem e nomenclatura dos acordes do campo harmônico, além da sensação sonora que cada um desses graus transmite:

1º grau (Tônica): A tônica é o grau fundamental e central na tonalidade. Ela proporciona uma sensação de estabilidade e repouso, sendo o ponto de partida e de retorno na harmonia. O retorno à tônica cria uma sensação de conclusão.

2º grau (Supertônica): A supertônica contribui para a expectativa na progressão harmônica. Embora menos estável que a tônica, ela prepara o terreno para as resoluções subsequentes, adicionando um toque de antecipação e movimento.

3º grau (Mediante): A mediante contribui para a fluidez da progressão harmônica. Muitas vezes, ela transmite uma sensação de expansão e continuidade, agindo como uma ponte entre os graus mais estáveis.

4º grau (Subdominante): A subdominante prepara a resolução para a tônica, adicionando uma sensação de tensão moderada sem a urgência característica da dominante. É frequentemente usada para criar uma atmosfera mais relaxada antes de retornar à tônica.

5º grau (Dominante): A dominante é um grau altamente tenso que busca resolução. Sua função primordial é criar expectativa e direcionar a harmonia de volta para a tônica. A resolução da dominante para a tônica é um elemento fundamental na música tonal.

6º grau (Submediante): A submediante oferece uma pausa na tensão, adicionando uma qualidade mais suave à harmonia. Em comparação com a dominante, ela é frequentemente associada a emoções mais calmas ou contemplativas.

7º grau (Sensível): A sensível introduz uma forte sensação de direcionamento para a tônica. A tensão gerada pela sensível é resolvida quando ela se move para a tônica, criando uma poderosa sensação de conclusão e fechamento.

Esses graus formam a estrutura básica do campo harmônico maior, e o conhecimento de suas relações é fundamental para a composição musical e para transmitir uma variedade de emoções ao ouvinte.

 

Relação entre Escalas e Acordes no Campo Harmônico Maior

A relação entre as escalas e os acordes é muito importante no campo harmônico. Cada acorde do campo harmônico está diretamente relacionado a uma nota da escala. Por exemplo, o primeiro acorde do campo harmônico de Dó Maior está relacionado à nota Dó da escala.

Campo Harmônico do acorde Dó Maior (C).

Essa relação é importante porque ela permite que o músico saiba quais acordes podem ser usados em uma determinada música. Se a música está em Dó Maior, por exemplo, os acordes que podem ser usados são os acordes do campo harmônico de Dó Maior.

A tabela a seguir apresenta os graus do campo harmônico de todos os acordes maiores:

Campo Harmônico dos acordes maiores.

 

Aplicação Prática dos Graus

Ao entender os graus do campo harmônico, é possível utilizá-los para criar progressões harmônicas e compor músicas. Nesta seção, serão apresentadas duas formas de aplicar os graus do campo harmônico na prática: através das progressões harmônicas e da funcionalidade dos acordes.

Progressões Harmônicas

As progressões harmônicas são sequências de acordes que seguem uma ordem específica e que são utilizadas em diversos gêneros musicais. Para criar uma progressão harmônica, é possível utilizar os graus do campo harmônico como base.

Por exemplo, uma progressão harmônica comum é a I-IV-V, que utiliza os acordes formados pelos graus 1, 4 e 5 do campo harmônico. No campo harmônico de dó maior, essa progressão seria formada pelos acordes C, F e G.

Outra progressão harmônica comum é a VI-IV-I-V, que utiliza os acordes formados pelos graus 6, 4, 1 e 5 do campo harmônico. No campo harmônico de dó maior, essa progressão seria formada pelos acordes Am, F, C e G.

Funcionalidade dos Acordes

Os acordes formados pelos graus do campo harmônico possuem funções específicas dentro de uma música. Essas funções são determinadas pela relação entre os acordes e a nota tônica da música.

Essas funções podem ser utilizadas para criar tensão e resolver essa tensão em uma música. Por exemplo, é comum utilizar o acorde dominante (V) para criar tensão e resolver essa tensão com o acorde tônica (I).

Ao utilizar os graus do campo harmônico de forma consciente, é possível criar progressões harmônicas interessantes e utilizar a funcionalidade dos acordes para criar tensão e resolver essa tensão em uma música.

 

Análise de Músicas

Identificação dos Graus do Campo Harmônico

Para entender os graus do campo harmônico, é importante identificar cada acorde presente em uma música. É possível identificar cada grau por meio da análise harmônica, que consiste em identificar a função de cada acorde na progressão harmônica da música.

Os graus do campo harmônico são formados a partir da escala diatônica, que é composta por sete notas. Cada nota corresponde a um grau, que é representado por um número romano. Assim, o primeiro grau corresponde à tônica, o segundo grau à segunda nota da escala, e assim por diante.

Ao identificar os graus presentes em uma música, é possível entender a progressão harmônica e a relação entre os acordes. Essa análise é fundamental para tocar uma música de ouvido e para compor novas músicas.

Exemplos no Repertório Musical

Para entender melhor como identificar os graus do campo harmônico em uma música, é possível analisar exemplos no repertório musical. Por exemplo, a música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, é uma música que apresenta uma progressão harmônica simples e fácil de entender.

A música começa com o acorde de tônica (I), que é o acorde de Dó. Em seguida, o acorde de quarta (IV), que é o acorde de Fá, é apresentado. Depois, o acorde de tônica é repetido, seguido pelo acorde de sexta menor (VI), que é o acorde de Lá menor. Por fim, o acorde de segunda menor (II), que é o acorde de Ré menor, é apresentado, seguido pelo acorde de quinta (V), que é o acorde de Sol.

Ao analisar essa progressão harmônica, é possível identificar cada grau do campo harmônico e entender a relação entre os acordes. Esse tipo de análise é fundamental para tocar a música de ouvido e para compor novas músicas.

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